2.2.
Confissão de Fé de Genebra (1536)
Uma
das primeiras confissões de fé “reformadas” (calvinistas), foi
redigida talvez pelo próprio João Calvino em 1536, razão pela qual
a destacamos.
Conforme
o sítio virtual “Creeds
of Christendom”:
A Confissão de Genebra foi
creditada a João Calvino em 1536 por Beza, que disse que Calvino a
escreveu como uma fórmula da doutrina cristã adaptada à igreja de
Genebra. Estudos mais recentes atribuem-na a William Farel, mas com
toda a probabilidade Calvino teve uma influência considerável sobre
o documento. De fato, os registros do Senado de Genebra indicam que a
confissão foi apresentada por ambos, Farel e Calvino, aos
magistrados, que a receberam e a reservaram para um exame mais
detalhado.
“The Confession of Faith -
Confession de la Foy”, tradução livre do texto em inglês,
encontrado em http://www.creeds.net/reformed/gnvconf.htm.
Proclama
o Sola
Scriptura
logo em seu primeiro artigo:
I. A Palavra de Deus
Primeiro nós afirmamos que
desejamos seguir somente a Escritura como
regra de fé e religião, sem misturar a ela qualquer outra coisa
que possa ter sido elaborada pela opinião dos homens à parte da
Palavra de Deus, e sem querer aceitar para o nosso governo
espiritual qualquer outra doutrina do que aquela transmitida a nós
pela mesma Palavra sem adição ou diminuição, consoante o
comando de Nosso Senhor.
Idem, sem destaques no
original.
Nesta
confissão
o Sola
Scriptura
é expressa e solenemente declarado, como se vê, enquanto um
princípio abstrato que sustenta logicamente as demais confissões,
sendo, inclusive, adequadamente posto em primeiro lugar.
Cabe
destacar que a expressão “sem
misturar a ela qualquer outra coisa que possa ter sido elaborada pela
opinião dos homens à parte da Palavra de Deus”,
sem dúvida expressa o rompimento com a Tradição e o Magistério da
Igreja Católica Apostólica Romana.
Tal
como ocorre no Luteranismo, esse rompimento levará somente à
imposição de outras opiniões, de outros homens, no caso, do
próprio Calvino.
É
fato sabido que Calvino não exitou em lançar à fogueira tanto as
obras quanto as pessoas que dele dissentiram.
Continua...
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