sábado, 25 de abril de 2015

EXPRESSÕES DO SOLA SCRIPTURA - A CONFISSÃO DE FÉ DE GENEBRA DE JOÃO CALVINO

2.2. Confissão de Fé de Genebra (1536)

Uma das primeiras confissões de fé “reformadas” (calvinistas), foi redigida talvez pelo próprio João Calvino em 1536, razão pela qual a destacamos.

Conforme o sítio virtual “Creeds of Christendom”:

A Confissão de Genebra foi creditada a João Calvino em 1536 por Beza, que disse que Calvino a escreveu como uma fórmula da doutrina cristã adaptada à igreja de Genebra. Estudos mais recentes atribuem-na a William Farel, mas com toda a probabilidade Calvino teve uma influência considerável sobre o documento. De fato, os registros do Senado de Genebra indicam que a confissão foi apresentada por ambos, Farel e Calvino, aos magistrados, que a receberam e a reservaram para um exame mais detalhado.
The Confession of Faith - Confession de la Foy”, tradução livre do texto em inglês, encontrado em http://www.creeds.net/reformed/gnvconf.htm.

Proclama o Sola Scriptura logo em seu primeiro artigo:

I. A Palavra de Deus
Primeiro nós afirmamos que desejamos seguir somente a Escritura como regra de fé e religião, sem misturar a ela qualquer outra coisa que possa ter sido elaborada pela opinião dos homens à parte da Palavra de Deus, e sem querer aceitar para o nosso governo espiritual qualquer outra doutrina do que aquela transmitida a nós pela mesma Palavra sem adição ou diminuição, consoante o comando de Nosso Senhor.
Idem, sem destaques no original.

Nesta confissão o Sola Scriptura é expressa e solenemente declarado, como se vê, enquanto um princípio abstrato que sustenta logicamente as demais confissões, sendo, inclusive, adequadamente posto em primeiro lugar.

Cabe destacar que a expressão “sem misturar a ela qualquer outra coisa que possa ter sido elaborada pela opinião dos homens à parte da Palavra de Deus”, sem dúvida expressa o rompimento com a Tradição e o Magistério da Igreja Católica Apostólica Romana.

Tal como ocorre no Luteranismo, esse rompimento levará somente à imposição de outras opiniões, de outros homens, no caso, do próprio Calvino.

É fato sabido que Calvino não exitou em lançar à fogueira tanto as obras quanto as pessoas que dele dissentiram.



Continua...

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